Comentário da ProtectPhone Plus: A necessidade de ter uma gestão dos dados digitais correta fica evidente nesse caso. Vários erros foram cometidos pela primeira-dama ou por quem a assessora, o primeiro deles é ter criado um arquivo com todas as senhas e ter deixado armazenado no computador, o segundo foi ter se desfeito de um equipamento antigo sem ter eliminado por completo esses arquivos e por fim se as contas utilizassem autenticação de dois fatores o dito “hacker” (ao nosso ver foi apenas um oportunista) não teria conseguido acessar os arquivos da primeira-dama na nuvem.
Preso desde 2016, Silvonei José de Jesus Souza cumpriu um terço de sua pena; Justiça avaliou sua conduta carcerária como ‘ótima’
O hacker Silvonei José de Jesus Souza, condenado a mais de cinco anos de prisão em regime fechado por invadir o smartphone da primeira-dama Marcela Temer, deixou o presídio de Tremembé, informa a Folha de S.Paulo. Segundo informações do jornal, Souza ganhou liberdade condicional após a Justiça avaliar sua conduta carcerária como “ótima”. Preso desde 2016, ele chegou a cumprir um terço de sua pena.
Souza foi condenado pelos crimes de estelionato e extorsão por ter clonado o celular de Marcela e depois ter exigido dinheiro para não vazar fotos e áudios íntimos da esposa do presidente Michel Temer – a família chegou a pagar 15 mil reais para o hacker, que acabou preso em 11 de maio de 2016 após exigir mais dinheiro.
O processo contra o hacker foi aberto em abril daquele ano depois que o ex-secretário de Segurança Pública de SP e atual Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, foi oficialmente informado sobre o crime. Souza já havia sido processado por estelionato em 2012, mas acabou absolvido no ano seguinte.
Em abril de 2016, a Folha de S.Paulo publicou que o hacker mandou uma mensagem para Marcela cobrando R$ 300 mil para não divulgar a foto dela com o irmão e que poderia jogar o “nome de Temer na lama”.
“Achei que esse vídeo joga o nome de vosso marido na lama quando você disse que ele tem um marqueteiro que faz a parte baixo nível. Pensei em ganhar algo com isso”, diz a mensagem enviada de Souza para Marcela.
Em depoimento ao qual o jornal teve acesso, o hacker declarou que teve acesso aos dados de Marcela após comprar um arquivo de computador no bairro de Santa Ifigênia, centro de São Paulo. Ele explica que entrou nos arquivos remotos, copiou todas as senhas, fotos e áudios do celular de Marcela. Depois, passou a chantageá-la.
Via: http://idgnow.com.br/internet/2018/05/15/hacker-que-clonou-smartphone-de-marcela-temer-e-solto/